sexta-feira, 26 de junho de 2009

Sunshine, moonlight... Renderize!


Um semestre que parecia ser tranqüilo, acabou sendo perturbado de momentos intensos e momentos de desgaste físico, enquanto isso, a mente continua funcionando em pleno vapor.
A, B, C...1,2,3.. ♫ tive a oportunidade de entrevistar um gênio das artes visuais, plásticas e estilista paulistano Jum Nakao, essa passagem paralela e a convivência com o pessoal da moda, me fez perceber o quanto é preciso evoluir como pessoa. A forma comunicativa e comunitária em que as estudantes de moda conduzem as aulas, oficinas, criações, a amplitude de conhecimento e visão de Jum em relação as coisas ao redor.
"A inspiração pode estar em qualquer lugar" diz Jum Nakao. Realmente ela aparece nos momentos que menos esperamos. Assim as coisas acontecem. Minha multifuncionalidade (repórter, modelo e ajudante da colega Helene) na oficina que Jum Nakao deu as estudantes de moda no DC Shopping me ajudou a compreender a mente e as expressões do estilista.

Descobri, que após ter cursado praticamente 80% da faculdade de jornalismo, só agora consegui fazer e aprender o que professor de 20 anos de jornalismo, sindicalista e "excelente profissional" não soube ensinar: todo o processo de edição e composição de áudio e vídeo. O mais espantoso, é que embora ele tenha me rodado na cadeira, eu descobri que sei produzir uma reportagem editada e finalizada. O mais engraçado é que, mesmo os alunos "favoritos" que foram aprovados, passaram pelas mesmas dificuldades.

Levei muito tempo entre edição, renderização duas vezes para diminuir arquivo, edição de trilha, offs.. Que se perdiam entre outras pautas paralelas, seminários, resenhas, apresentações de outras disciplinas.. Lamento não ter dedicado mais tempo às aulas de nihongo e outros freelances.

Photo by Jean-Marc Giboux/Liaison

Michael Jackson live em 1988


Este semestre se encerra com perdas e ganhos, perda de notas em alguns trabalhos, nas provas de nihongo, em estágios, dinheiro, tempo útil de sono, perca da regulamentação da profissão do jornalista (queda do diploma), do grande talento de Michael Jackson (sinceramente, acho que ele foi tirar férias de todos). Mas ganhos em percepções de outros universos, em rememorar coisas que estavam arquivadas na memória, amigos, retornos de pessoas importantes e projeções.

Mas tive que correr atrás de muita coisa, até do prefeito para conseguir uma declaração. Apesar de faltar fôlego e saúde alcancei novas descobertas "jornalista tem sorte" disse a colunista Denise Nunes. Eu tive, em relação a algumas coisas e em relação a algumas pautas. Sendo assim, se existe o feeling, tenho sorte, e cultivo um pouco de caráter, significa que estou no caminho certo!

Só me falta um QI (Quem Indica), para que eu consiga entrar em um veículo antes de finalizar o curso de jornalismo. Pois para conseguir isto, é necessário ter grana e conhecer gente lá de dentro.


Quanto a este pré-requisito estou em déficit.




Beijometwitta

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Nos bastidores


A moda tem suas peculiaridades que vão além do visual. Cada detalhe faz parte do todo, roupa, cabelo, maquiagem, produção do desfile, decoração do palco (passarela), agilidade dos maquiadores e cabeleireiros, ansiedade do estilista, rapidez das modelos na troca de figurino, trilha sonora, espectativa e admiração ou espanto do público e imprensa. Detalhes do pré, durante e pós desfile, compõe a magia do evento fashion.

Básico, despojado, agressivo, romântico, contemporâneo, inovador, nas passarelas e no mundo da moda, o que se destaca, não é o estilo do estilista, mas a forma que o conceito deste estilo, a mensagem que o estilista transparece através de suas criações, ainda que despretensioso, cumpre sua função na arte de moldar roupas no corpo.

Para um jornalista que tem um primeiro contato com esse universo paralelo, pode parecer um over de informações em um pedaço de pano, um exagero clichê e superficial ou ainda ficar deslumbrado entre cores, estampas, formas e pessoas. Para aqueles que já tiveram uma participação valorativa/significativa, parece nostálgico, confortável e desafiador ao mesmo tempo.

Pautar este mundo mix de cultura, música, informação e moda, requer percepção, pesquisa (se não há conhecimento), aderência, e uma certa simpatia, sem descartar a opinião crítica do repórter. Sem deslumbrar-se, apenas admirar, analisar, interpretar e relatar.

Desta maneira, reato laços com o universo fashion, ressuscitado pela experiência que obtive ao cursar uma cadeira no curso de moda da minha universidade. Para conhecer algo de verdade, foi preciso ir além de ler a respeito, embora a moda tem me acompanhado desde meus 13 anos, entre cursos de modelo, postura corporal, dicção, "aula de bons modos à mesa", técnica de desfile em passarela, agências, seleções, produção de desfile, cabelo, maquiagem, aula de estilo, e assim por diante.

Por um período de minha vida, abandonei a moda, mas ela me buscou pela mão. Pude notar que ela sempre esteve presente, a moda vai além do estilo proposto pelos estilistas, mas pode ser composta por essa idéia. Minha moda é meu estilo e o estilo não é uma tendência, mas uma soma dos "eus" que tu és.

Finalização jornalística

Quanto mais ocioso se torna o tempo, mais receoso fica o futuro jornalista. Confesso que, a poucos passos do final de mais um semestre, o sétimo, e conclusão do curso acadêmico de jornalismo, no final do ano, a ansiedade acompanhada do cansaço e às vezes a confusão entre incertezas e desânimo acercam em torno de todos alunos remanescentes da "melhor turma".

foto:flick enricomas


Pode parecer arrogância de nossa parte intitular nossa turma desta maneira, ou até questão de "ego", mas digo que, é isso mesmo! O que torna o uso deste termo para descrever a segunda turma de jornalismo do IPA que permanece no matutino, era a soma das mais diversas personalidades de pessoas de culturas distintas, com egos inflados, cada um da sua maneira, com seu estilo, que não se repetia entre os integrantes a turma. No entanto, as diferenças, que em um primeiro momento poderia distanciar uns dos outros e gerar conflitos, foi o que uniu os colegas de uma maneira inexplicável. Todos loucos! No bom sentido da normalidade.

Dos remanescentes, restaram em torno de 10 alunos, uns trocam de turno, mas voltam, outros trocaram de curso, outros pararam por problemas pessoais, outros passaram para estudar a noite. O que rompeu os laços da turma não foi às diferenças étnicas, culturais, religiosas e visuais (aparência), foi talvez, justamente o "ego".

"Ego de jornalista?"

Clamo aos profissionais experientes de veículos de comunicação que se mantém de uma maneira significativa no mercado da informação:

Para que serve o ego do jornalista? Ele existe? O que é mais importante, o "ego" ou a ética com os colegas e demais profissionais à volta?

Como menciona o dito popular: "Dê poder a um ser humano e saberá do que ele é feito". Às vezes nem se trata de um poder significativo, era apenas um ensaio. Quando o "ego" teve maior valoração do que a amizade e o trabalho em equipe, todo trabalho desenvolvido até então foi jogado ao leu..

Afinal colegas jornalistas, se como seres humanos naturalmente temos um "ego" (uns maiores que os dos outros), o que é mais importante: o brilho da sua imagem ou a qualidade das informações que você passa e a veracidade das suas declarações?